Certamente você já ouviu professores falarem que é inútil estudar gramática. E certamente você já viu que é. Quando não se sabe fazer a coisa; essa coisa fica inútil. Mesmo aquelas coisas que são úteis, quando não se sabe o que, como, para que e etc, torna-se inútil. A gramática encarada da forma correta não é inútil e nunca será. Os professores que demonizam a gramática certamente não aprenderam a sua utilidade e eficácia. Talvez nem sabem o que seja realmente gramática.
Sou amante da gramática. Passo horas e horas estudando e analisando seus pormenores. E estudo gramática de várias línguas por motivos de paixão e exercício de pensamento. A gramática é um meio de exercício filosófico por excelência. Não é só matemática, filosofia, sociologia… que nos permitam movimentar logicamente os neurônios; não. A gramática é pensante por natureza.
E por que estudar a gramática? Primeiro deixe-me falar da etimologia dessa palavra. GRAMÁTICA vem do grego GRAMMATIKE TEKHNE e tem relação com GRAPHEIN (escrever); GRAMMA é letra. Então gramática seria a “técnica das letras; arte das letras”. Mas para que estudar gramática? Simples! Para tornarmos donos do nosso próprio discurso e termos controle do que pensamos e dizemos. Para ampliar a capacidade comunicativa na oralidade e escrita. Para penetrarmos em todas as camadas do pensamento existentes na sociedade. Para sermos capazes de expressar ideias com profundida e entender as expressividades dos outros, sejam quaisquer que forem as matizes. Para termos capacidade de percepção das intenções dos outros discursos, sejam elas faladas ou escritas; a isso se inclui a literatura.
Gosto de fazer apenas duas distinções de gramática – a do povo e a dos especialistas. A gramática do povo (a descritiva) é negada e rechaçada, pois é taxada de língua inculta. A gramática dos especialistas (a prescritiva) é exaltada e imposta, pois é taxada de língua culta. O problema é que os professores querem que os alunos estudem só a gramática dos especialistas, e esqueçam a do povo. Isso é muito negativo, pois é o povo que encontramos na vida real o tempo todo. O certo é ficarmos cientes e analistas de ambas para entendermos a todos. Principalmente em se tratando de língua estrangeira. Pessoas sofrem quando saem das escolas de idiomas e se encontram com nativos porque os professores ignoram o fato das duas gramáticas. Todas as línguas tem esse negócio de língua do povo e língua dos especialistas. Pois a tarefa que quero deixar para vocês essa semana é: ‘vá no YouTube e busque por pessoas nativas que estejam falando um inglês do povão’. Uma bom começo é você escutar os negros americanos. Fiz uma vídeo-aula sobre isso no meu canal (DESCULPEM-ME PELA QUALIDADE DESSE VÍDEO; MAS O CONTEÚDO É MUITO RICO)
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